Os arquitetos reformularam a noção tradicional de vila paulistana com um projeto estrutural que ajusta o bloco quase a flutuar às exigências da legislação.
A Vila Aspicuelta, recém-construída no bairro Vila Madalena, em São Paulo, pouco tem a ver, formalmente, com outras vilas que se espalham pela cidade. Enquanto as tradicionais são formadas por casinhas germinadas de diferentes estilos, esta prima por uma rigorosa ordem arquitetônica.
A primeira decisão do projeto para a Vila Aspicuelta foi a de não escavar o subsolo para o estacionamento, visando não interferir no lençol freático quanto evitar custos adicionais que isso representaria. Suspender o edifício foi a solução, deixando o térreo livre para a circulação de automóveis.
Se um dos lados as vigas de apoiam em pilares embutidos no muro lateral, do outro elas encontram arcos estruturais, formados pela junção de segmentos inclinados que, de quebra, funcionam como guarda-corpo das escadas que dão acesso às unidades. As vigas também definem os limites entre os apartamentos e, ela forma pouco usual, junto ao muro, mantêm intacta a intenção inicial de fazer com que o volume pareça flutuar.
Passada a porta de acesso a cada casa, instaura-se o mundo particular. No primeiro andar encontramos sala e cozinha conjugadas e, e no segundo, suíte, uma pequena área de trabalho e uma diminuta lavanderia. A caixa de circulação vertical tem um caráter "externo", dado pelo intenso uso do vidro e pelo aspecto bruto do concreto aparente, fazendo um contraponto ao intimismo dos ambientes internos. Na cobertura estão os jardins, em porções correspondentes a cada um dos apertamentos.
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